Cirurgia Plástica
A palavra cirurgia plastica origina-se da palavra grega plastikós e significa moldar, plasmar, reparar. O primeiro a usar o termo como designação de especialidade foi Edward Zeis.

A história da cirurgia plastica se remonta à antigüidade. Existem papiros egípcios sobre tratamento de fraturas nasais que datam 3000 a 2500 aC. Os médicos da Índia antiga, incluindo o grande cirurgião índio Susrutha, utilizavam transplantes de pele como trabalho reconstrutivo do século VIII aC e realizavam reconstruções de narizes, utilizando uma parte da frente, durante períodos nos quais a amputação do nariz era um castigo para certos crimes. Os Romanos foram capazes de realizar simples técnicas tais como a reparação de orelhas danificadas no século I aC. Celso e Galeno, também incursionaram pelo terreno das reconstruções em cirurgia plastica na antiguidade.
No período do Renascimento, na península Itálica, os Brancas, da Sicília, desenvolveram técnicas de reconstrução nasais com retalhos braquiais, que os tornaram conhecidos em toda Europa, Tagliacozzi, anatomista de Bolonha, foi quem divulgou a técnica para o mundo.
Durante o século XIX destacaram-se alguns “cirurgiões” que contribuíram para o desenvolvimento da cirurgia plástica como especialidade como Reverdin, Von Graefe, Velpeau, Ollier entre outros.
Apesar de que esta evidência sugere que a cirurgia plástica esteve presente por milhares de anos, não foi até a Primeira guerra mundial que estes procedimentos reconstrutivos se tornaram mais comuns, devido à necessidade. A cirurgia plástica como especialidade médica nasceu dos horrores da primeira guerra mundial e da quantidade de vítimas. Além dos milhares de soldados que morreram, milhões foram mutilados ou deformados, requerendo um tratamento cirúrgico especializado.
Durante a guerra, formaram-se colaborações entre cirurgiões de diversas nacionalidades e disciplinas para ajudar a todos estes soldados e civis afetados. Os cirurgiões americanos, ingleses, franceses, alemães, russos e austro-húngaros que se converteram em profissionais da rinologia, cirurgiões bucais, cirurgiões gerais, cirurgiões dentais, oftalmologistas e neurocirurgiões são agora considerados como os pais da cirurgia plástica moderna, devido a que os procedimentos especializados adquiriram importância. Os fundadores incluem Harold Gillies (especialista em orelha e garganta), conhecido como o pai da cirurgia plástica moderna, e os americanos Vilray Blair (cirurgião ortopédico), Ivy (cirurgião geral), Lê Cohen (especialista em orelha e garganta), Kazanjian (dentista), Converse (cirurgião plástico) nos Estados Unidos, Tessier ( cirurgia craniofacial ) na França.
No período da guerra realizou-se 11.572 operações principalmente no rosto, face no Queen’s Hospital, Kent, Inglaterra. A cirurgia plástica começou a crescer logo depois da primeira guerra mundial, argumentava-se que “se os soldados cujas faces haviam sido despedaçados por um bombardeio no campo de batalha podiam voltar a ter uma vida normal com novos rostos criados pelo engenho da nova ciência da cirurgia plática por que aquelas mulheres com sinais da idade nao poderiam ter o direito de encontrar novamente o formoso contorno da juventude“.
E mais recentemente grandes nomes da Cirurgia Plastica como os de Rees, McCarthy, Mathes, Nahai, Gonzalles-Ulloa, Ortiz Monastério. E na cirurgia plástica brasileira Rebelo Neto, Antônio Prudente, Duarte Cardoso, Ivo Pitanguy, Victor Spina, Paulo Correa, Perseu Lemos.
À medida que o tempo passou e que os procedimentos de cirurgia plastica continuaram, a cirurgia plástica converteu-se em uma área completamente integrada à comunidade médica. Durante a década de 60, o conceito de cirurgia plastica cresceu na consciência do público americano à medida que mais médicos realizavam procedimentos de cirurgia plástica.
Durante os 80, a cirurgia plástica se expandia rapidamente ao redor de todo mundo e continua fazendo até o dia de hoje. O campo da cirurgia plástica agora tem muitas especializações, oferecendo uma variedade de procedimentos de cirurgia plastica aos pacientes interessados.
A cirurgia plástica é a mais eclética das especialidades cirúrgicas, pois sua atuação não restringe a um órgão; ao contrário, o cirurgião pode atuar em praticamente em todo corpo humano: crânio, face, pescoço, tronco, mãos. Essa versatilidade exige, por um lado, uma formação vasta com conhecimento extenso da anatomia e fisiologia dos diversos segmentos corpóreos.